A obesidade é um problema de saúde pública e há evidências de que conduza a um aumento de risco de ataques cardíacos, tensão arterial elevada, ataques, diabetes e mesmo morte. Agora, um estudo universitário conduzido na Austrália concluiu que há uma ligação entre a maior disponibilidade de acessos rápidos à Internet e a obesidade, assim como maus hábitos de saúde.
Segundo uma equipa das universidades RMIT, Monash e Melbourne “o acesso a Internet rápida diminui a probabilidade de os indivíduos cumprirem os mínimos de atividade física recomendados pela OMS (Organização Mundial de Saúde (…) ou seja, os indivíduos tornam-se mais inativos e mostram mais comportamentos sedentários”.
A equipa analisou dados de inquéritos oficiais da Austrália e cruzou-os com o plano de expansão da NBN (National Broadband Network) que tem vindo a modernizar-se a partir dos sistemas analógicos desde 2012. Os investigadores mostraram que um aumento de apenas 1% da NBN está ligado a um aumento de obesidade, com um aumento do índice de massa corporal, avança o website New Atlas.
Klaus Ackerman, investigador da Universidade Monash, afirma que “o comportamento sedentário é induzido pela necessidade de se manter conectado online durante muitas horas, o que leva a um metabolismo mais baixo e contribui para a obesidade. O problema é exacerbado pela necessidade de consumir frequentemente snacks durante a utilização de computador, o que aumenta a ingestão diária de calorias e contribui para a obesidade”. Além do entretenimento, “a utilização de Internet permite um acesso facilitado a vários bens e serviços, reduzindo a necessidade de sair para executar tarefas fisicamente. A conveniência através de comunicações eletrónicas muitas vezes reduz a necessidade de se encontrar com familiares e amigos em pessoa, o que reduz as potenciais oportunidades para atividades físicas”.
Outros estudos, na Turquia e nos EUA, por exemplo, concluíram que há uma ligação entre o acesso à Internet rápida e vários riscos de saúde.