A OpenAI encerrou uma operação que usava o ChatGPT para criar notícias e espalhar mensagens polarizadoras sobre temas como a campanha presidencial dos Estados Unidos, direitos LGBTQ+ e a guerra em Gaza. Os autores desta operação, conhecida como ‘Storm-2035’, têm ligações com o governo iraniano e o grupo faz parte de uma série de campanhas de influência identificadas recentemente pela Microsoft.
Segundo a empresa, além da publicação de notícias falsas, estavam a ser mantidas 12 contas na rede social X e uma no Instagram, mas os responsáveis ainda não tinham conseguido grande alcance, com a maior parte dos conteúdos a ter apenas uma ou duas reações e muito poucos comentários, avança o Engadget.
Na escala da Brookings Institution usada para avaliar este tipo de ameaças, esta operação recebe a classificação de 2 (a escala vai do 1 ao 6), o que significa que há “atividade em múltiplas plataformas, mas não há evidências de que pessoas tenham prestado atenção ou partilhado em massa estes conteúdos”, afirma a OpenAI.
Além dos temas referidos, os autores desta operação tentaram criar conteúdos sobre a participação de Israel nos Jogos Olímpicos e também sobre política venezuelana, direitos das comunidades latinas e a independência da Escócia.
Ainda semana passada, as campanhas presidenciais de Donald Trump e de Kamala Harris foram atacadas por hackers a soldo do governo iraniano, com a de Trump a ter sucumbido a um email de phishing. Neste caso, os piratas informáticos ganharam controlo da conta de Roger Stone, antigo assessor de Trump, confirmou o FBI.