A Amazon está a investir quatro mil milhões de dólares na Anthropic para ter acesso antecipado às tecnologias de Inteligência Artificial que aquela startup está a desenvolver. O acordo prevê que os clientes e funcionários da gigante possam usar as soluções da Anthropic e, em troca, a startup compromete-se a usar primariamente os serviços na cloud da Amazon, incluindo para o treino dos modelos de IA em grandes quantidades de chips proprietários que vão ser comprados à gigante do comércio eletrónico.
Os CEOs de ambas as organizações explicam que o investimento imediato ascende aos 1,25 mil milhões e que qualquer uma das partes tem o ‘poder’ para desencadear os restantes 2,75 mil milhões. Não está claro ainda qual a percentagem da Anthropic passará a ser detida pela Amazon, embora a gigante confirme que não vai ter assento no Conselho de Administração e que a sua posição vai ser minoritária.
Recorde-se que a Microsoft, com a parceria com a OpenAI, e a Alphabet estão também a investir significativamente neste setor. O investimento da Amazon é a manobra mais recente de um jogo onde vemos cada vez mais ligações entre empresas especializadas na cloud a apostar em ligações com startups da Inteligência Artificial.
A Anthropic compromete-se, com este acordo, a desenvolver tecnologias especificamente para os chips Trainium e Inferentia, da Amazon, com Adam Selipsky, o CEO da Amazon Webservices, a afirmar à Reuters que o “pacto vai ajudar a tornar os modelos da Anthropic melhores, tornar a nossa tecnologia de chips e a nossa infraestrutura de IA melhor”. Já Dario Amodei, CEO da Anthropic, congratula-se por “obter dinheiro de uma forma que prioritiza a segurança” e que nos permite “continuar a escalar os nossos modelos”.
Recorde-se que a Anthropic, fundada por vários ex-funcionários da OpenAI, assinou em fevereiro um acordo com a Google que prevê a utilização dos chips personalizados da Google e a disponibilização da tecnologia através da Google Cloud.
O modelo Claude 2 da Anthropic é capaz de responder a comandos particularmente extensos, tornando-o adequado para analisar textos comerciais longos ou documentos legais, por exemplo.