Na sexta-feira, surgiu uma sondagem no Twitter na qual Elon Musk perguntava se devia permitir o regresso de Donald Trump à plataforma. Numa votação renhida, 51,8% votaram favoravelmente à restituição do polémico político americano, embora não se saiba quantos dos 15 milhões de utilizadores que votaram eram na verdade bots ou perfis falsos. Musk escreveu que “o povo falou. Trump será restituído” e, no sábado, o perfil @realDonaldTrump já estava novamente acessível.
No entanto, nesse mesmo dia, mas mais cedo, Trump afirmara que vê “muitos problemas no Twitter” e que planeia manter-se na Truth Social, a rede que ajudou a criar no início deste ano. Recorde-se que o ex-presidente dos EUA foi banido do Twitter e de outras redes, acusado de ter incitado à violência que culminou com a invasão do capitólio nos EUA, em janeiro de 2021.
Já Elon Musk não se livra de mais uma decisão polémica, pouco tempo depois de ter assumido as rédeas do Twitter. Depois de um processo de compra atribulado, de ter despedido metade dos trabalhadores da empresa e de ter feito um ultimato aos restantes, agora decidiu autorizar o regresso de Donald Trump, elenca a CNet.
Esta última decisão, no entanto, vai ao encontro daquilo que Musk tem prometido ser a sua visão para o Twitter: reduzir a moderação de conteúdo, depois de ter acusado a administração anterior de “falhar na adesão aos princípios de liberdade de expressão”. A 18 de novembro, Musk escreveu que o Twitter devia banir apenas conteúdo ilegal e que “publicações negativas / de ódio vão, no máximo, ser desmonetizados e ter menos visibilidade”.
A 15 de novembro, recorde-se também, Donald Trump anunciou a intenção de voltar a candidatar-se à presidência dos EUA.