Um grupo de 43 serviços de comparação de compras na Europa, onde se encontra também o português KuantoKusta, denuncia que a Google favorece a sua própria solução, Google Shopping, nas páginas gerais de resultados de pesquisa. Este grupo pede uma garantia de transparência e isenção na informação de pesquisa apresentada aos consumidores.
Com a entrada em vigor da Lei dos Mercados Digitais no início deste mês na Europa, a coligação de empresas “pretende alertar a Comissão Europeia para a necessidade de impor à Google a proibição de preferência do seu serviço Google Shopping dentro das páginas de resultados de pesquisa geral”, lê-se no comunicado de imprensa.
A proibição já tinha sido imposta pela primeira vez pela Comissão em 2017, mas a Google ainda não a implementou. A nova lei inclui uma proibição equivalente, ainda mais explícita, para os motores de busca que incorporam serviços de pesquisa especializados, como é o caso do Google Shopping. As empresas que detêm os comparadores de preços e que assinam a carta pedem uma ação mais assertiva por parte das autoridades.
O CEO do KuantoKusta, Paulo Pimenta, afirma que “o favorecimento das unidades comerciais da Google desvia a atenção dos utilizadores dos serviços de comparação mais relevantes, em benefício do serviço da Google. Uma vez que acreditamos nos benefícios de serviços de comparação genuínos e isentos para as decisões de compra dos consumidores, apelamos ao fim da posição dominante abusiva da Google no posicionamento do próprio serviço”.