A Organização Europeia de Consumidores, o Conselho Norueguês de Consumidores e o Diálogo Transatlântico de Consumidores queixaram-se à Comissão Europeia de que o processo disponível para os utilizadores do ‘velho continente’ para cancelarem a subscrição do serviço Amazon Prime era demasiado confuso e complexo. Segundo a queixa apresentada em abril do ano passado, os consumidores tinham de passar por menus de navegação complicados, com linguagem nem sempre clara e escolhas bastante confusas para conseguir desistir do serviço de entregas rápidas da gigante do comércio eletrónico. Agora, a Comissão deu-lhes razão e obriga a Amazon a uma alteração.
Segundo esta decisão, a Amazon tem de permitir um cancelamento com apenas dois cliques do utilizador, desencadeados a partir de um botão proeminente de “Cancelar”. A alteração do processo tem de ser aplicada de imediato, em todos os sites europeus da Amazon e deve refletir-se nos acessos via computador, tablet ou smartphone, noticia a Reuters.
O comissário europeu Didier Reynders afirma em comunicado que “os consumidores devem poder exercer os seus direitos sem qualquer pressão por parte das plataformas. Uma coisa é clara: design manipulativo ou ‘padrões obscuros’ devem ser banidos”. Já a Amazon, por seu lado, justifica que “por design, tornamos claro e simples para os utilizadores aderir ou cancelar a subscrição Prime. Ouvimos continuamente o feedback e procuramos formas de melhorar a experiência dos clientes, como estamos a fazer aqui com um diálogo construtivo com a Comissão Europeia”.