Uma equipa do NICT (National Institute of Information and Communications Technology) do Japão anuncia ter utilizado várias tecnologias emergentes para conseguir bater o recorde de transmissão de dados. Os investigadores conseguiram atingir 1,02 petabits por segundo, 100 mil vezes mais do que o acesso doméstico mais rápido disponível na atualidade. Para dar mais alguma perspetiva, a NASA vai conseguir apenas 400 Gb/s com a ligação ESnet6 que está prevista entrar em funcionamento em 2023 e um petabit equivale a um milhão de gigabits.
Estas velocidades permitem, em teoria, transmitir dez milhões de canais de vídeo com resolução 8K por segundo, explica o New Atlas.
A equipa instalou quatro núcleos dentro do cabo de fibra ótica, em vez do habitual núcleo único. A largura de banda foi alargada para os 20 THz com recurso a uma tecnologia conhecida por WDM (de wavelenght division multiplexing). Depois, com recurso a alguma amplificação ótica e tecnologia de modulação do sinal, foi possível chegar aos 1,02 Pb/s, enviando dados ao longo de 51,7 quilómetros.
A barreira do 1 Pb/s já tinha sido ultrapassada por esta mesma equipa, mas nessa iniciativa em 2020 os dados estavam codificados em 15 modos e era requerida alguma complexidade tecnológica. O avanço agora não só permite transmissão mais rápida, como o faz com recurso a tecnologia que já está em uso atualmente e de forma compatível com a infraestrutura e processos de manufatura atuais.