Donald Trump pretende que o tribunal da Flórida ‘obrigue’ a Twitter a reativar a sua conta, alegando que está a ser censurado e que os seus direitos garantidos pela Primeira Emenda da Constituição dos EUA e pela nova lei sobre redes sociais daquele Estado estão a ser violados. O ex-presidente escreve na sua acusação que a Twitter foi “coagida pelos membros do Congresso” para o censurar naquela que é “uma grande avenida para discurso público”. Nesta fase, Trump pede a restauração temporária da sua conta, enquanto persegue a restauração definitiva por outros meios.
Recorde-se que Donald Trump sempre foi muito ativo, enquanto estava na presidência, na sua conta @RealDonaldTrump anunciando decisões públicas e pessoais, criticando os oponentes e espalhando desinformação sobre resultados eleitorais. A conta acabou por ser banida a 6 de janeiro, dois dias depois dos incidentes do Capitólio perpetrados por apoiantes pró-Trump. A presença de Donald Trump noutras plataformas foi igualmente banida, com Facebook, Snapchat e YouTube a adotarem medidas de supressão idênticas.
Agora, Trump alega que a sua conta de Twitter se tornou “uma fonte importante de notícias e informações sobre assuntos de governo e servia de fórum público digital”. O perfil, que chegou a contar com 88 milhões de seguidores, foi muitas vezes censurado pela Twitter ainda durante a presidência, com alguns conteúdos a serem classificados como “informação enganadora” e como violando as regras contra a “glorificação da violência”, lembra o The Verge.
A Twitter não quis comentar a queixa, pelo que resta aguardar para perceber os próximos capítulos nesta saga.