Com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de soluções que permitam alcançar as metas de uma economia de neutralidade carbónica até 2030, o diretor ambiental da Microsoft, Lucas Joppa, anunciou neste domingo, 19 de setembro, que a empresa vai doar 100 milhões de dólares – cerca de 85 milhões de euros ao câmbio atual – à Breakthrough Energy Catalyst. Este é um programa fundado por Bill Gates (também cofundador da Microsoft) dentro da rede Breakthrough Energy e que tem como objetivo encontrar novas fontes de energia e outras soluções que ajudem a reduzir as emissões poluentes.
Através desta doação, a gigante tecnológica dá mais um passo na promoção de uma economia de carbono zero. A Breakthrough Energy visa alcançar mudanças de política ambiental e promove novas tecnologias e inovação com o objetivo de alcançar, até 2050, a neutralidade carbónica. Já a Breakthrough Energy Catalyst é um modelo que reúne empresas, governos, instituições filantrópicas e indivíduos, tanto do setor público como do privado, para investir em tecnologias climáticas inovadoras que irão impulsionar, a um ritmo mais rápido, a concretização dos objetivos definidos pelos acordos internacionais ou pelas próprias empresas.
Segundo a tecnológica sediada em Redmond, o Catalyst irá concentrar este investimento em projetos relacionados a captura direta de dióxido de carbono, armazenamento de energia, combustível de aviação mais ‘amigo’ de ambiente, hidrogénio verde e produção de aço de baixo carbono.
“No nosso trabalho, aprendemos que o mercado precisa ir ainda mais longe, mais rápido”, disse Joppa. “Tal aceleração exigirá investimentos além das nossas contribuições e fundos – doações direcionadas à redução do prémio verde [custo adicional de usar uma tecnologia limpa em detrimento de uma que produz gases de efeito de estufa] que as soluções climáticas costumam implicar”.
De recordar que, em julho deste ano, a Microsoft afirmou que a empresa está a caminhar no bom sentido para assegurar contratos de compra de energia renovável para as necessidades diárias até 2025.