O projeto português “Transportes a Pedido” é o único, entre 25 finalistas, projeto português finalista dos Prémios Regiostars 2021, um concurso promovido pela Comissão Europeia, “que premeia projetos financiados pelos fundos europeus, demonstradores de excelência e de novas abordagens no âmbito do desenvolvimento regional”, afirma a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento regional do Centro (CCDRC) em comunicado.
Este projeto trata-se de uma iniciativa promovida pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo, e foram apresentados, na passada sexta-feira, dia 10 de setembro, pela Comissão Europeia os melhores projetos selecionados em cinco distintas categorias: “Europa inteligente: Aumentar a competitividade das empresas locais num mundo digital”, “Europa verde: Comunidades verdes e resilientes em meio urbano e rural”, “Europa justa: Fomentar a inclusão e a anti-discriminação”, “Europa Urbana: Promover sistemas alimentares verdes, sustentáveis e circulares em áreas urbanas funcionais”, e o tema específico do ano “Reforçar a mobilidade verde nas regiões”.
“Este prémio reconhece, em primeiro lugar, a qualidade da intervenção da CIM do Médio Tejo que, nos últimos anos, procurou modificar o seu sistema global de transportes. Por outro lado, toda a região Centro está de parabéns, pois viu, mais uma vez, um projeto pioneiro, inovador e sustentável ser realçado pela Comissão Europeia”, conta em comunicado Isabel Damasceno, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional da Região Centro (CCDRC).
O “Transporte a pedido no Médio Tejo”, é um projeto pioneiro a nível nacional e é cofinanciado pelo Programa Operacional Regional do Centro, apresentando-se como uma “solução alternativa e inovadora de transporte público para o interior da região Centro, onde prevalecem zonas de baixa densidade, com escassez de transporte”.
“É com orgulho que nos mantemos, pelo sexto ano consecutivo, na lista de finalistas de projetos do concurso Regiostars. Este projeto é finalista na categoria do tema do ano ‘Reforçar a mobilidade ecológica nas regiões’, o que revela a grande preocupação da região Centro em facilitar o desenvolvimento de soluções eficientes em territórios de menor densidade populacional”, frisou a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional da Região Centro.
Atualmente este serviço oferece 70 rotas e é utilizado, mensalmente, por cerca de 1200 passageiros, mostrando-se assim uma alternativa mais sustentável a nível ambiental e económico, contribuindo ainda para a inclusão social.
Segundo a presidente da CIM do Médio Tejo, Anabela Freitas “o serviço de transporte a pedido é uma mais valia e uma alternativa num território como o do Médio Tejo, que apresenta fragilidades ao nível do transporte público regular de passageiros, nomeadamente, nas zonas mais rurais. Este serviço de transporte entre as localidades e respetivas sedes de freguesia e de concelho tem contribuído para a qualidade de vida dos nossos cidadãos, aproximando-os dos serviços essenciais. É um projeto que abrange praticamente todo o território do Médio Tejo e sobre o qual queremos continuar a investir e a apostar”.