“Só quero ser ouvido uma vez e que a história que conto seja verdadeira”, disse Shumeyko, reiterando também não se importar que seja identificado enquanto agente duplo. O utilizador, que dá pelo nome online ‘YRH04E’, abordou a Apple em maio de 2020 com dados sobre o individuo que alegadamente ajudou a orquestrar a fuga de informação (leak) sobre o iOS 14. Shumeyko contou à Apple que a leak surgiu depois da aquisição de um iPhone 11 roubado, carregado com uma versão de desenvolvimento do sistema operativo destinada a utilização por funcionários da empresa. O iOS 14 acabaria depois por ser apresentado na conferência de programadores da Apple (WWDC) no mês seguinte.
Shumeyko conta à publicação Motherboard que interagiu novamente com a Apple nesse verão para informar que estava em contacto com um ex-funcionário, que trabalhava no Apple Maps e que se disponibilizou a vender informação interna, e-mails corporativos e dados publicados na intraweb da empresa.
O ‘agente duplo’ revela agora que atuou em conjunto com a Apple para se redimir dos tempos em que foi ele próprio um autor dentro da comunidade especializada em fugas de informação dos novos iPhone. Por outro lado, foi fazendo repetidos pedidos de receber alguma compensação financeira pelas informações que tinha estado a passar, com a Apple a não assumir qualquer compromisso.