Em 2033, os cartões de débito e crédito da rede Mastercard já não vão ter banda magnética. A empresa anunciou que o declínio dos pagamentos com recurso a esta solução, bem como a popularidade de outras formas mais seguras, ditam o fim da banda magnética. O prazo alargado servirá para os parceiros se adaptarem e fazerem os devidos ajustes necessários para começarem a usar o processamento por chips.
A solução da banda magnética surgiu na década de 1960, pela IBM, que replicou a técnica usada então para armazenamento na informática e nas gravações de áudio. Também nessa década surge o primeiro cartão que tinha um chip de computador integrado com capacidade para fazer cálculos mais complexos e que abria caminho à adoção de medidas de segurança mais fortes nas transações comerciais. No entanto, havia que ultrapassar o desafio de colocar os diferentes cartões com chip a funcionar com todos os terminais.
Hoje em dia, explica o comunicado da Mastercard, os chips criam um código único por transação, validado pelo banco emissor de forma a garantir que o cartão está a ser usado genuinamente. Atualmente, os cartões com o standard EVM são usados para 86% dos pagamentos feitos cara a cara.
A estratégia da empresa passa por retirar a obrigatoriedade da inclusão da banda magnética a partir de 2024 em algumas regiões. Em 2029, nenhum novo cartão da Mastercard, de débito ou crédito, vai ser emitido com banda magnética. Estima-se que quatro anos depois já nenhum seja usado.
No primeiro trimestre de 2021, a Mastercard registou mais mil milhões de transações com meios sem contacto do que em igual período de 2020 e no segundo trimestre mais de 45% das transações feitas fisicamente recorreram ao pagamento contactless.
A Mastercard prossegue experiências em torno de soluções mais seguras, como o Cloud Tap on Phone, que ‘transforma’ os telemóveis em terminais para receber pagamentos ou a introdução de computação quântica para tornar os pagamentos sem contacto mais seguros, protegendo vendedores e clientes de fraudes.