A SpaceX conta já com 1500 satélites em baixa órbita, o registo de mais de 69 mil clientes e tem estações terrestres instaladas em 12 países. Os planos para os próximos tempos incluem cobertura em todo o mundo, exceto nos polos, mas o foco, segundo Elon Musk, está em não falir a empresa. O CEO falou durante a Mobile World Congress para salientar alguns dos feitos conseguidos nos últimos tempos e revelar as ambições futuras.
A SpaceX começou os lançamentos de satélites colocados em baixa órbita, e destinados a fornecer acessos rápidos à Internet em locais onde os acessos terrestres são desafiantes, em 2019. Nos últimos seis meses, foram já colocados em órbita mais de 780 satélites, o que assegura uma cobertura razoavelmente extensa já.
Elon Musk reitera que o principal objetivo do programa Starlink é evitar a falência, lembrando que iniciativas semelhantes no passado tiveram esse desfecho, por exemplo, na década de 1990. O executivo explica que, por exemplo, os terminais usados pelos clientes para aceder custam mil dólares a produzir e que a empresa os está a vender por 500 dólares. “Obviamente, vender terminais a metade do preço de custo não é propriamente atrativo para escalarmos para os milhões de unidades (…) Estamos a trabalhar na próxima geração de terminais, que fornecem o mesmo nível de capacidade, mas que custam menos a produzir”, cita a CNN. Atualmente a empresa de Elon Musk compete com a Amazon ou com a OneWeb, do grupo Softbank, neste segmento. A rede Starlink deve ter, previsivelmente, 500 mil clientes nos próximos 12 meses e Musk espera ainda investir entre 5 a 10 mil milhões de dólares na empresa, antes de conseguir ter lucros.
A SpaceX, recorde-se, tem três programas distintos em curso: Starlink, para fornecer acesso de Internet com recurso a satélites colocados a menos de 1000 km de altitude; o Dragon, para levar pessoas e carga para a Estação Espacial Internacional; e o Starship, para levar tripulações até à Lua ou a Marte.