Os Serviços Secretos dos EUA anunciaram a lista dos ‘Fugitivos Mais Procurados’ e destaca-se a predominância de indivíduos que usam criptomoedas para os seus crimes ou que estão envolvidos de alguma forma em crimes informáticos que usam técnicas como phishing, ransomware e roubo de dados nas suas atividades.
A lista inclui Allan Garcia, de 36 anos, procurado por manter as operações da Liberty Reserve, uma empresa que opera com moeda digital e que “facilita um vasto leque de atividade criminosa online, incluindo fraude de cartões de crédito, roubo de identidade, fraude de investimentos, hacking de computadores, pornografia infantil e narcotráfico”, lê-se nas acusações. Outro nome é Danil Pothekin, cidadão russo que lançou, entre junho de 2017 e abril de 2018, uma campanha de phishing através de vários mercados de moeda digital, conseguindo roubar alguns fundos e manipular as operações. Por fim, o Decrypt destaca Rashawd Lamar Tulloch, um cidadão americano acusado de participar em esquemas de lavagem de dinheiro que ajudaram a roubar milhões de dólares das vítimas e que convertia os pagamentos em Bitcoin.
Os serviços secretos têm mesmo recompensas avultadas para alguns destes fugitivos: Oleksandr Vitalyevich Ieremenko e Artem Viacheslavovich Radchenko, suspeitos de terem acedido aos sistemas informáticos da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), têm recompensas de um milhão de dólares, cerca de 837 mil euros ao câmbio atual, para quem tiver informações que levem às respetivas detenções.
A nova composição desta lista mostra que as autoridades estão atentas ao cibercrime e, por outro lado, que os crimes com recurso a tecnologias avançadas estão em alta. Recorde-se que o Departamento de Justiça dos EUA anunciou recentemente que o ransomware vai ser prioritizado ao mesmo nível que o terrorismo. Também da cimeira do G7 saiu o compromisso de que o combate ao ransomware, alimentado com criptomoeda, vai ser uma das prioridades das nações.