O plano da Google para mudar o ecossistema da publicidade online e o rastreio de utilizadores sem o suporte a cookies de terceiros foi adiado para 2023. A Google propôs o sistema FLoC, mas considera agora que se “tornou claro que precisamos de mais tempo” para expandir esta iniciativa para todo o ecossistema.
A gigante tecnológica anunciou em janeiro de 2020 um plano para terminar o suporte a cookies de terceiros no Chrome “dentro de dois anos”, através da nova Privacy Sandbox que bloquearia os cookies usados habitualmente em campanhas publicitárias para anúncios dirigidos. A ‘Federated Learning of Cohorts’, ou FLoC, é a proposta de rastreio proposta pela equipa do Chrome e permitia ao navegador construir um perfil local do utilizador e enviá-lo para as empresas publicitárias, sempre que estas o pedissem. O objetivo é remover o rastreio individual de quais os sites visitados pelos utilizadores e juntá-los em grupos que fizessem sentido para os anunciantes mostrarem anúncios dirigidos aos interesses de cada um.
A ideia foi recebida com resistência pelos principais players que não estão no segmento da publicidade, como a EFF, a Brave, a Vivaldi ou a DuckDuckGo, com as empresas que têm browsers, como Apple, Microsoft, Mozilla e Opera, a revelarem apenas que não planeavam implementar o FLoC.
A Google anuncia agora que o adiamento vai permitir “tempo suficiente para discussões públicas sobre as soluções certas, envolvimento ativo com os reguladores e para os anunciantes e indústria publicitária migrarem os seus serviços”, cita o ArsTechnica.
A empresa explica ainda que o FLoC não é a sua única iniciativa, com o Chrome e outras equipas a terem trazido mais de 30 propostas para cima da mesa e “quatro destas estão disponíveis em fase de testes”.