Ao fim de um ano, os iPhone perdem 16,7% do valor de mercado, enquanto os smartphones Android topo de gama perdem 33,6% – ou seja, os dispositivos com o sistema operativo da Google desvalorizam duas vezes mais do que os modelos da Apple. A conclusão é da BankMyCell, uma empresa que monitoriza os preços de troca de telefone nos EUA.
Por exemplo, o iPhone 11 perdeu, em média, 12,8% do valor no mercado em segunda mão relativamente ao preço de venda inicial, no ano de 2020, enquanto o Samsung Galaxy S20 perdeu 34,7% nos nove meses em que esteve à venda.
Alargando o período de comparação para dois anos, o iPhone continua a ter uma larga vantagem sobre os Android: os smartphones da Apple perdem, em média, 35,4% do valor, enquanto os Android perdem 61,5%. É preciso alargar ainda mais o período de análise, para quatro anos, para que a diferença entre os ecossistemas não seja tão grande: o iPhone perde 66,4% do valor e os Android 81,1%.
A perda de valor de mercado é ainda mais significativa nos smartphones Android que não são topo de gama. Os dispositivos que custam menos de 350 dólares, cerca de 288 euros ao câmbio atual, perdem 52,6% do valor em apenas um ano, 73,6% em dois anos, 85,15% em três anos e 94,9% em quatro anos.
Este efeito de perda de valor mais acentuada em smartphones mais baratos também afeta a Apple. O iPhone SE 2020 (399 dólares nos EUA, 499 euros em Portugal) perdeu, em média, 38,3% do valor de mercado em apenas oito meses.
De recordar que, em Portugal, em pleno período de pandemia, os portugueses gastaram, em média, 737 euros por iPhone novo, muito distante do valor médio global do mercado que foi de 291 euros, entre abril e junho.
Marcas que perdem mais valor
Ainda segundo a BankMyCell, a Apple (-22,3%), a LG (-26,4%) e a Nokia (-30,29%) são as marcas cujos smartphones menos valor de mercado perderam ao longo de 2020. Já no fundo da lista estão a Sony (-39,5%), a Motorola (-42,5%) e a HTC (-53%). Samsung (-33,4%), BlackBerry (-34%) e Google (-38,4%) ficam nos lugares intermédios, por esta ordem.