Peter ‘Mudge’ Zatko foi contratado pela Twitter para examinar a “segurança de informação, integridade do site, segurança física, integridade da plataforma – relacionada com o abuso e manipulação de informações – e engenharia”. O hacker, com uma das melhores reputações na comunidade, deve começar as suas funções dentro de 45 a 60 dias.
O especialista esteve encarregue da segurança na plataforma de pagamentos eletrónicos Stripe e antes disso trabalhou com a Google em projetos especiais levados a cabo em conjunto com a DARPA. Na década de 1990, Mudge trabalhava para uma empresa contratada pelo governo americano e liderava o Cult of the Dead Cow, um grupo que lançava ferramentas para hacking do Windows, lembra a Reuters.
Os desafios de segurança no Twitter vêm de diferentes quadrantes, com a plataforma a ser atacada de várias frentes. Em julho, um grupo de piratas conseguiu acesso a contas de celebridades e chegou a publicar mensagens fazendo-se passar por estas. Alex Stamos, ex-chefe de segurança da Facebook, relembra que “a quebra deste verão é um importante lembrete de como o Twitter precisa ainda de construir algumas funções de segurança básica necessárias”. Stamos aprova a contratação de Mudge, referindo que se trata de uma boa escolha para uma empresa que não tem o músculo financeiro da Facebook ou da Google: “Vão ter de encontrar soluções criativas para problemas e Mudge é conhecido no mundo da segurança por ser criativo”.
Zatko assume o desafio e explica que a Twitter está disposta a correr alguns riscos: “com as mudanças dos algoritmos e com os algoritmos a serem tendenciosos, [a Twitter] não está à espera de que chegue outra pessoa para resolver o problema”.