O regime de confinamento, distanciamento social e de teletrabalho alterou rotinas e esbateu as diferenças entre vida privada e vida profissional. Mais de metade dos trabalhadores admitem ter começado a ver mais conteúdos para adultos desde que começou a pandemia. Um quinto (18%) dos funcionários admite fazê-lo nos dispositivos cedidos pela empresa e 33% revelam que assistem a conteúdo para adultos nos aparelhos pessoais, que também usam para tarefas profissionais.
Um em cada três (31%) dos inquiridos admite estar a trabalhar mais agora, a partir de casa, do que fariam no escritório. O menor tempo gasto em deslocações ou a impossibilidade de viajar faz com que 46% dos trabalhadores admitam ter mais tempo para a esfera privada. Adicionalmente, 55% afirma que está a ler mais notícias agora do que antes devido ao regime de teletrabalho. Estes novos comportamentos, caso os utilizadores não tenham cuidado com as páginas e recursos que visitam, abrem um novo leque de fragilidades e podem conduzir a potenciais infeções de malware.
Outro vetor de risco é o facto de os trabalhadores usarem dispositivos pessoais para trabalhar, aumentando a probabilidade de, por exemplo, revela informação sensível. O estudo conclui que 42% dos inquiridos usa contas pessoais de email para fins de trabalho, 38% usam ferramentas de mensagem pessoais que não foram aprovadas e 60% confessa usá-las mais ainda neste período.
O relatório da Kaspersky aponta medidas como sessões de formação e sensibilização básica de segurança informática para os colaboradores (gestão de contas e palavas-passe, segurança no email e no endpoint), garantir que dispositivos, software, aplicações e serviços são sempre atualizados com as últimas correções e instalar uma proteção de software adequada (como o Kaspersky Endpoint Security Cloud) como sendo boas formas de evitar riscos acrescidos.
O estudo How Covid-19 changed the way people work foi agora apresentado e analisa várias vertentes da nova realidade a que os trabalhadores estão sujeitos e os comportamentos que agora adotam. Uma das conclusões mais evidentes é a de que há uma crescente dificuldade em manter-se o equilíbrio entre a vida profissional e a vida privada.