Um diretor de tecnologia (CTO) ganha, em média, 50 mil euros de ordenado bruto anual em Portugal. Mas mesmo dentro daquela que é considerada como a posição de topo na cadeia dos trabalhos tecnológicos, há ordenados que ultrapassam os 68 mil euros brutos anuais. Já um programador front-end, com poucos anos de experiência, pode levar para casa um ordenado médio de 20 mil euros brutos anuais.
Os valores fazem parte do mais recente relatório da empresa de recrutamento tecnológico Landing.jobs e funcionam como uma ‘radiografia’ ao estado dos salários tecnológicos em Portugal. Em baixo, encontra duas listas com os valores para aquelas que são consideradas as funções mais comuns em lugares de gestão e em lugares de função técnica.
Uma nota: os valores a azul representam o ordenado bruto anual médio, em euros, desse cargo; os valores entre parêntesis retos são uma média dos valores mais baixos e mais elevados registados no inquérito para cada uma das profissões, uma opção que de acordo com a Landing.jobs ajuda a intervalar melhor os ordenados praticados por função.


Estes não são os únicos valores a ter em conta no mercado tecnológico em Portugal – as empresas especializadas em recrutamento Hays e Robert Walters também já partilharam os seus indicadores. Mas o relatório da startup Landing.jobs, que recentemente conseguiu uma nova ronda de investimento, vai mais além no retrato que faz do trabalho tecnológico no País.
O estudo revela, por exemplo, que os trabalhadores tecnológicos independentes (freelancers) ganham, em média, quase 48 mil euros brutos anuais, o que é 45% mais do que a média de ordenados de quem tem contrato com uma empresa. No que diz respeito à diferença salarial entre homens e mulheres, ainda há uma forte desigualdade: ‘eles’ ganham 23% mais do que ‘elas’.
Outro indicador em destaque: cerca de 35% dos inquiridos revelam que o seu ordenado continua igual ao auferido em 2019, sendo que apenas 12% dos inquiridos disseram ter tido aumentos salariais na ordem dos 15%.
O relatório completo da Landing.jobs pode ser consultado neste link. O estudo tem por base as respostas de 2556 trabalhadores do segmento tecnológico em Portugal, utilizadores e não utilizadores da plataforma da Landing.jobs, entre os dias 17 de janeiro e 11 de fevereiro de 2020.