Chama-se Huawei Fusion Solar e tem, desde janeiro, um departamento específico em Portugal. A fabricante chinesa quer captar uma fatia dos avultados investimentos que serão realizados em centrais fotovoltaicas a construir em Portugal nos próximos anos. Recorde-se que se prevê que Portugal deve passar dos atuais 0,8 gigawatts (GW) de produção de energia para mais de 8 GW em 2030.
A equipa que tem três pessoas para já está a atuar em três frentes: mercado residencial, clientes industriais e grandes centrais fotovoltaicas. Bruno Santo, que lidera o novo departamento, explica em entrevista ao Expresso, que pretende reforçar a equipa: “Queremos ter recursos locais com conhecimento, mas não é uma tarefa fácil”. O grupo de trabalho conta com o apoio dos centros de investigação e desenvolvimento para energia solar da Huawei em Nuremberga, Estocolmo, Xangai e outras localizações.
A Huawei foca-se no submercado dos inversores, os aparelhos que convertem a corrente contínua de eletricidade que vem dos painéis solares em corrente alternada que possa ser injetada na rede elétrica. A fabricante chinesa especializou-se em inversores string que recebem toda a produção de um circuito de painéis numa central solar e que são uma opção competitiva e fiável. As outras soluções disponíveis passam por inversores centrais (que agregam volumes maiores de produção) e os microinversores (que pressupõem um equipamento por painel).
A Huawei já forneceu inversores para mais de 118 GW de projetos fotovoltaicos globalmente, dos quais 8,5 GW na Europa, com destaque para Espanha, onde forneceu equipamentos para 1,5 GW de centrais solares.