O Presidente do Instituto Europeu de Patentes (IEP) mostrou-se agradado com o crescimento dos pedidos de patente com origem em Portugal e considera tratar-se de um indicador do “aumento continuado da capacidade de inovação” no país. Estes pedidos aumentaram 23% em 2019, segundo ano consecutivo de crescimento, depois dos 43,7% registados em 2018. No total, foram sujeitos mais 272 pedidos no ano passado, o valor mais alto de sempre.
“A utilização de patentes é essencial para tornar as empresas portuguesas mais competitivas e é um pré-requisito para a criação de empregos. É particularmente admirável a contribuição das universidades portuguesas e das instituições de investigação para o aumento dos pedidos de patente”, afirma António Campinos, o responsável pelo IEP.
Cerca de 45% dos pedidos de patente registados no IEP tiveram origem nos 38 estados-membro desta entidade e 55% vieram de outras regiões, com EUA à cabeça com 25%, Japão com 12% e China com 7%. Outra tendência evidente no relatório divulgado hoje, o Index de Patentes, é o aumento do número de pedidos nos campos da comunicação digital e tecnologia informática.
Olhando só para Portugal, a tecnologia médida é a área com maior número de pedidos em 2019 (22), seguida da farmacêutica (19 pedidos, +35,7% do que em 2018) e mobiliário e jogos (18 pedidos, mais 50%).
Por organizações, a Novadelta—Comércio e Indústria de Cafés e a Universidade de Évora apresentaram um maior número de requerimentos (cada uma com 16), seguidas da A4TEC (15 pedidos), da Modelo Continente Hipermercados (10) e do INESC Porto, o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (7). Ao contrário do que acontece na maior parte dos países europeus, em Portugal há três laboratórios de investigação e instituições académicas no top 5 dos pedidos.
Olhando por regiões, o Norte lidera o ranking com 46% dos pedidos, Lisboa surge em segundo com 21,7% e a Região Centro completa o pódio, apesar de ter registado uma descida de 29,5% para 16,5%.
A Huawei ficou no primeiro lugar do ranking global de empresas que solicitaram patentes ao IEP, seguida da Samsung e LG.