As aplicações descarregadas e instaladas com métodos paralelos [side load] representam um risco de segurança, alerta a Google, para todos os utilizadores e especificamente para os que têm aparelhos Huawei lançados depois de maio de 2019. Um relatório publicado pela gigante dos EUA na sexta-feira passada, 21 de fevereiro, clarifica que a Google está “proibida de trabalhar com a Huawei em novos modelos ou fornecer as apps Google como o Gmail, Maps, YouTube e Play Store pré-instaladas ou por download nestes modelos”. Tristan Ostrowski, diretor legal para o Android e o Google Play, assina o documento no qual a empresa admite que há muita confusão e várias questões sobre novos aparelhos Huawei ou modelos lançados antes de 16 de maio do ano passado e que só agora estão a chegar a várias países do mundo.
“Continuamos a trabalhar com a Huawei, de acordo com as regulamentações governamentais, para fornecer atualizações de segurança e atualizações às apps e serviços Google nos aparelhos existentes e continuaremos a fazê-lo desde que seja permitido”, diz Ostrowski. Todo o hardware da Huawei lançado após 16 de maio de 2019 é classificado como “não certificado” pela Google, pois a gigante não o submeteu a testes de segurança, nem carregou o Google Play Protect que analisa vulnerabilidades no hardware. Assim, a Google pede que os utilizadores destes modelos mais recentes não tentem instalar paralelamente o Gmail, o YouTube ou outras apps que não estejam oficialmente disponíveis nos equipamentos.
O comunicado da empresa tenta mantê-la afastada das polémicas acusações dos EUA de que a Huawei estaria a colaborar com o governo chinês para espiar os utilizadores, ao criar backdoors que dão acesso às comunicações.
A recomendação final da Google é que os utilizadores que tenham dúvidas acedam ao menu dentro da aplicação Play Store e procurem pelas Definições para verificar se o dispositivo está abrangido pela certificação “Play Protect”.