Quando a Wii chegou, várias empresas acusaram a Nintendo de estar a violar propriedade intelectual e de ter copiado o sistema do controlo remoto baseado em movimentos. A iLife, uma empresa dos EUA, viu um tribunal dar-lhe razão em 2017 e condenar a “Big N” a pagar 10,1 milhões de dólares por violar uma patente de 1999. O documento descreve um sistema que pode, vagamente, ser equiparado ao Wii Remote.
Agora, dois anos depois, um tribunal de recurso reverte a decisão original e considera mesmo a patente da iLfe como inválida por ser demasiado «abstrata». A juíza Barbara Glynn considera que o documento descreve meramente um sistema de «recolha, processamento e transmissão de informação», algo que é considerado bastante vago e não patenteável. A magistrada defende que, para ser sujeito a patente, o sistema teria de ter alguma «melhoria na funcionalidade dos sensores e processadores» não óbvia, dando como exemplo «a coleção de informação previamente desconhecida ou a coleção de informação mais precisa», cita o ArsTechnica.
O site da iLife está indisponível desde que o caso foi decidido e o seu fundador já está noutra empresa. A empresa pode ainda recorrer desta sentença, mas tudo indica que esta nova decisão irá encerrar uma batalha legal que se arrasta desde 2013 e que já envolveu outras cinco patentes da iLife, consideradas inválidas em 2016.
Ajay Singh, da Nintendo America, congratulou-se por esta decisão e afirma que «vamos continuar a defender vigorosamente os nossos produtos contra empresas que procurem lucrar com tecnologia que não inventaram».