O primeiro-ministro Saad al-Hariri descreve os tempos que o país está a atravessar como «sem precedentes e muito difíceis», mas recusa demitir-se. O Líbano está em crise, com milhares de protestantes nas ruas, conflitos com as autoridades e dezenas de feridos desde quinta-feira. Alguns manifestantes pedem a demissão do governo, naquelas que são as maiores manifestações do género, no país, nos últimos anos, noticia a BBC.
Uma das gotas de água foi a medida anunciada na quinta-feira sobre a intenção de taxar, com 20 cêntimos por dia, a realização de chamadas de voz em apps como o WhatsApp, o FaceTime ou o Facebook Messenger. Em apenas algumas horas, as autoridades anunciaram que recuavam nesta decisão, mas os protestos já estavam a decorrer.
«Não estamos aqui pelo WhatsApp, estamos aqui por tudo: por combustível, por comida, por pão, por tudo», diz Abdullah, um dos protestantes em Beirute.