O FBI tentou forçar o dono da Phantom Secure, uma empresa que vende telemóveis encriptados, a implementar “portas traseiras” no software dos dispositivos. A notícia foi avançada pela Vice que afirma que a empresa vendia telemóveis da marca BlackBerry com segurança reforçada a vários criminosos, inclusive, membros do cartel de Sinaloa, no México.
De acordo com a Vice, uma “porta traseira” é uma ferramenta técnica utilizada, neste caso pelo FBI, para garantir acesso ao computador dos criminosos. Embora não se saiba ao certo qual a finalidade da agência americana, a publicação afirma que o FBI tem o objetivo de monitorizar os clientes da Phatom.
A Phantom Secure é uma empresa especializada em remover de um dispositivo as funcionalidades de microfone e de localização GPS e de reforçar os métodos de segurança de e-mail, mensagens e chamadas, ao recorrerem a servidores em locais remotos do planeta.
Em 2018, o CEO da Phantom Secure, Vincent Ramos, foi preso pelo FBI e a empresa foi fechada no âmbito de uma mega operação internacional. Já em julgamento, Ramos confessou ter ajudado uma organização criminosa no tráfico de estupefacientes e foi condenado a nove anos de prisão.
As fontes da Vice contaram que Ramos «nunca entregou a “porta traseira” para a Phantom Secure que a lei queria» e sublinharam que o CEO não tinha o conhecimento técnico para o fazer.