A Huawei não apresentou qualquer prova das acusações, mas refere que tem sido alvo de ciberataques com origem no governo dos EUA e indica que os americanos estão a tentar tudo ao seu alcance, incluindo «meios sem escrúpulos» para perturbar as suas operações e as dos parceiros. As acusações surgem um dia depois de os EUA e a Polónia terem assinado um acordo para investigar rigorosamente os equipamentos para a infraestrutura 5G que tenham origem em fabricantes estrangeiros como a Huawei.
No rol de acusações, a Huawei explica que os EUA terão instruído as autoridades para «ameaçar, coagir e incitar» atuais e antigos funcionários da empresa, para proceder a buscas e detenções ilegais, para enviar agentes do FBI a casa dos funcionários e a reabrir casos civis que já tinham sido resolvidos.
Uma fonte anónima confirmou ao The Wall Street Journal que pelo menos três funcionários tinham sido contactados pelas autoridades dos EUA este ano. Ainda assim, o jornal refere que não é invulgar as autoridades visitarem atuais e ex-funcionários de empresas sob investigação.
Os EUA acusam a Huawei de espionagem a favor do governo chinês e ainda de ter roubado propriedade intelectual. Do lado da fabricante, o comunicado de imprensa onde são feitas estas acusações refere que «condenamos veementemente o esforço maligno e concertado dos EUA para desacreditar a Huawei e danificar a posição de liderança na indústria».