A Comissão Europeia (CE) está a investigar a associação responsável pela Libra, a moeda digital do Facebook, e que inclui um total de 27 empresas, entre as quais está a luso-britânica Farfetch.
De acordo com a Bloomberg, a CE está «atualmente a investigar potenciais comportamentos anticoncorrenciais» e «possíveis restrições concorrenciais». Por outras palavras, existe a preocupação de que a moeda e sistema digital de pagamentos criado pelo Facebook possa excluir empresas rivais.
Uma das preocupações que existe junto da CE está relacionada sobre a forma como a informação dos utilizadores vai ser trocada entre os diferentes membros da associação, sublinha a agência de notícias. Entre os membros fundadores da Libra constam ainda nomes como a Vodafone, Visa, eBay, Spotify, PayPal, Uber e Mastercard.
Outro aspeto que está a ser examinado é a possibilidade de integração de aplicações compatíveis com a Libra em plataformas como o Messenger e o WhatsApp.
Além dos responsáveis pela área da concorrência, a criptomoeda do Facebook também está a ser acompanhada pela área de serviços financeiros da CE, segundo a informação avançada. A Comissão Europeia e o Facebook não comentaram a recolha de informação que está a ser feita.
A preocupação dos reguladores relativamente ao projeto do Facebook já levou a tecnológica a admitir, em ocasiões anteriores, que o projeto só será lançado após o devido escrutínio. Num documento submetido junto da Comissão de Títulos e Câmbio dos EUA (SEC em inglês), em julho, o Facebook admitia mesmo que a Libra podia não avançar caso exista oposição dos reguladores relativamente ao projeto.