O grupo Softbank anunciou esta sexta-feira que as verbas do segundo fundo visionário para investimento tecnológico vão atingir os 108 mil milhões de dólares, cerca de 96,97 mil milhões de euros. A tecnológica japonesa vai contribuir, sozinha, com 38 mil milhões de dólares, perto de 34 mil milhões de euros, tendo confirmado que tanto a Apple, como a Microsoft, como o governo do Cazaquistão vão integrar o plano de investimento – ao contrário do que chegou a ser avançado, a Goldman Sachs não consta na lista de investidores.
«Aqueles que investiram há dois anos estavam a investir no fundo visionário, embora não houvessem provas que o conceito teria sucesso», contou Chris Lane, um analista da empresa Sanford C. Bernstein, à Reuters. «Dado que foram obtidos bons resultados nos últimos dois anos, o segundo fundo visionário apresenta uma margem de risco menor», concluiu Lane.
Em maio, o grupo Sofbank revelou que o primeiro fundo gerou um retorno interno na ordem dos 45% em ações comuns para os investidores.
De acordo com o banco, na lista de investidores encontra-se também a Corporação de Investimento do Banco Nacional do Cazaquistão, a britânica Standard Chartered e vários parceiros de Taiwan, cuja identidade não foi revelada. O novo fundo vai contar ainda com um investimento significativo por parte de três grandes grupos financeiros japoneses, nomeadamente o Mistubishi UFJ, o Sumitomo Mistui e o Mizuho.
Num comunicado de imprensa, a Softbank afirmou que «o objetivo deste fundo é facilitar a aceleração da revolução da Inteligência Artificial através de um investimento em empresas tecnológicas».
De acordo com a Reuters, Masayoshi Son, fundador e diretor executivo do Softbank, utiliza o termo Inteligência Artificial para caraterizar o portfólio de investimentos nas mais variadas áreas tecnológicas que o banco tem vindo a fazer desde que lançou esta iniciativa.
Na verdade, parte do investimento do primeiro fundo visionário focou-se, por exemplo, no serviço de transporte de passageiros da Uber, em tecnologia de condução autónoma, seguros e no setor da saúde. Com a entrada em jogo da Microsoft e da Apple, as áreas de investimento podem diversificar ainda mais, pois são empresas que atuam em segmentos como telecomunicações, hardware e serviços de software.