Na semana passada, soube-se que os EUA estiveram à beira de começar uma guerra com o Irão por causa de um drone abatido pelas forças armadas do Irão, por alegada violação do espaço aéreo do país. Os militares dos EUA estavam prontos para atingir alvos como radares e baterias de misseís, entre outros, quando Donald Trump deu ordem para travar os ataques, por considerar que se tratava de uma «medida desproporcional».
Agora, sabemos que o Pentágono, também por ordem presidencial, lançou ciberataques para trazer a rede informática que controla os misseís abaixo. Estes ciberataques estariam a ser preparados desde o início do mês, como retaliação pelo ataque a dois navios no Golfo de Omã.
Estes ciberataques não foram confirmados oficialmente, mas fonte do Wall Street Journal afiança que os efeitos serão duradouros e que não se trata de algo do qual «os iranianos consigam recuperar rapidamente». No sábado passado, o The New York Times citava fontes próximas que revelaram que o Ciber Comando dos EUA teria passado de modo defensivo para ofensivo, mercê de uma diretiva que o Congresso aprovou em 2018 para «deter, proteger ou defender de ataques ou ciberatividades maliciosas contra os EUA».
Em fevereiro, um militar da Força Aérea dos EUA foi condenado por espionagem por ter ajudado hackers iranianos a usar o Facebook para espalhar malware que espiasse a atividade de outros militares.
A porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, Heather Babb, disse que não comentava «operações no ciberespaço, inteligência ou planeamento», por motivos de «política e segurança operacional».