A Apple recomendou ao governo americano uma travagem no plano de aplicação de taxas a produtos chineses. De acordo com a BBC, a gigante californiana juntou-se ao grupo de empresas que está a repensar a posição no diferendo comercial entre os Estados Unidos e a China – caso os dois lados não cheguem a um acordo, a casa branca ameaçou aumentar as taxas sobre bens chineses no valor de 300 mil milhões de dólares (equivalente a 265 mil milhões de euros).
«Pedimos ao governo americano que não imponha taxas nestes produtos», disse a Apple por escrito, dirigindo-se a Robert Lighthizer, responsável pelo Departamento do Comércio do governo americano. A empresa reiterou que mais taxas poderão debilitar a «competitividade global».
De acordo com a BBC, a Apple considera que as marcas concorrentes chinesas, nomeadamente, a Huawei, não deverão sofrer grande impacto com as mudanças da política aduaneira impostas nos tempos mais recentes. Até porque, nos EUA, as quotas de mercado dessas marcas são diminutas.
Por outro lado, empresas como a Microsoft, Dell, HP e Intel avisaram a administração Trump que, caso as taxas sobre produtos venham a aumentar, o preço de venda de computadores portáteis e tablets poderá aumentar na ordem dos 19%.
«Mais taxas americanas podem, por sua vez, jogar a favor dos competidores globais», explicou a empresa californiana.