Rui Pinto, atualmente preso na Hungria e acusado pelas autoridades portuguesas de seis crimes (dois de acesso ilegítimo, dois de violação de segredo, um de ofensa a pessoa coletiva e um de tentativa de extorsão), está prestes a regressar a Portugal.
A decisão foi tomada pelas autoridades húngaras que indeferiram o recurso da defesa do pirata informático, que se encontra em prisão domiciliária desde janeiro deste ano. Ao Público, o advogado húngaro de Rui Pinto, David Deak, confirmou que a extradição ocorrerá nos próximos 10 dias.
O responsável pela divulgação da informação no âmbito do caso Football Leaks, sobre o alegado envolvimento de clubes de futebol em casos de corrupção, afirma que se trata de «uma questão de vida ou de morte» não ser extraditado para Portugal, por considerar que a sua vida pode estar em risco ao ser mantido num estabelecimento prisional português.
Embora recuse ser considerado um pirata informático, Rui Pinto disse no tribunal húngaro que é «um alvo a abater» por parte das pessoas que denunciou publicamente. A sua extradição implicará igualmente o transporte dos equipamentos eletrónicos que lhe foram apreendidos para Portugal, nos quais continha informação confidencial sobre os contratos de jogadores do Sporting Clube de Portugal e do fundo de investimento Doyen Sports, sedeado na ilha de Malta.