O último golpe no destino do A380 terá sido dado pela Emirates que reduziu uma encomenda. A Airbus alegou que deixou de ter «bases para sustentar a produção» e anunciou que vai deixar de produzir o super-avião de passageiros.
Os A380 surgiram para competir com o Boeing 747 e a Airbus esperava que as companhias aéreas se interessassem pela solução de levar mais passageiros de cada vez. Em 2007, altura em que surgiu o A380, surgiu uma nova geração de jatos com motores mais eficientes, que podiam voar para hubs mais pequenos e que obtiveram a aprovação das entidades reguladoras para fazer voos sobre a água. Com este tipo de concorrência, quer a Boeing, quer a Airbus assistiram a uma redução das encomendas dos seus modelos maiores. No caso do 747, a Boeing só o produz para proprietários muito ricos, para o governo dos EUA ou para transportadoras como a UPS.
O Boeing 787 é apontado como o principal responsável para o fim do A380, por ser uma aeronave eficiente e flexível, que permite voos tranquilos, cabines com alta pressurização e gadgets como sistemas de entretenimento de topo de gama. Este modelo pode percorrer a mesma distância que o A380 (14800 quilómetros), mas de forma mais eficiente.
A Airbus compromete-se a fazer todas as entregas que já tem encomendadas, mas anunciou que vai parar as entregas em 2021.