O Honor View 20 já está disponível para pré-reserva e o primeiro stock chega na primeira semana de fevereiro. No final da apresentação mundial em Paris conversámos com Ke Cheng, o responsável da Honor para o mercado português sobre as expectativas para o smartphone e para o negócio da marca em território nacional.
Na apresentação do Honor View 20, os resultados e caraterísticas do smartphone foram muitas vezes comparados com os iPhones, o que é um pouco surpreendente porque esse é um terminal que custa o dobro e que se parece dirigir a um público diferente. Qual era o objetivo da Honor?
Sei que os jovens gostariam de comprar um iPhone porque gostam do sistema operativo. O View 20 é um produto muito especial e não podemos compará-lo com produtos da Huawei (não competimos entre nós), sendo que também sabemos que o topo de gama da Samsung é demasiado fraco, pelo que usámos o iPhone para fazer a comparação. As pessoas sabem que o Android tem bons smartphones e agora a Huawei também tem portáteis, o que permite tirar proveito de um ecossistema mais completo. Com o View 20 temos um bom preço e especificações (hardware e software) muito boas. É um bom pacote para os jovens que gostariam de ter um Mate 20 ou Mate 20 Pro e que consideram que o valor de mil euros pode ser um pouco elevado. O View 20 é a melhor solução para os jovens que procuram uma experiência premium.
Um desafio que se parece replicar no mercado português é a distinção entre Honor e Huawei. Na prática, quais são as principais diferenças entre as duas empresas?
A Honor é a segunda marca da empresa Huawei, que faz chegar ao mercado dispositivos destas duas marcas. A Huawei lança smartphones premium todos os anos e a Honor foca-se mais no segmento médio e no de entrada de gama. Porém, a Honor não é seguramente uma espécie de marca mais barata da Huawei, embora tenhamos tecnologias similares – têm públicos diferentes. A Huawei foca-se mais no premium e nos utilizadores profissionais. Como sabemos, os smartphones, além de ferramentas de comunicação, são também um reflexo da personalidade das pessoas – um pouco como uma mala, por exemplo. Já a Honor foca-se nos jovens, a quem queremos levar bons produtos e uma experiência similar aos melhores smartphones do mundo. Ou seja, é um público-alvo e uma estratégia diferentes, o que se reflete, por exemplo, a nível de investimentos de marketing ou de parceiros de canal e permite ter preços de venda ao público mais competitivos.
Na apresentação oficial da Honor em Lisboa, referiu que tinha a estimativa de poder chegar aos 5% de quota de mercado no final de 2019. Será um produto como o View 20 que vai contribuir para um elevado número de vendas ou serão os smartphones de gama média e entrada de gama que referiu há pouco que farão a diferença?
Os 5% são apenas uma estimativa e não temos urgência em aumentar a quota de mercado do negócio em Portugal, queremos fazê-lo passo a passo. Mas, para ser sincero, 5% não é muito elevado. Não será apenas um trabalho da Honor, vamos trabalhar em conjunto com os nossos parceiros. Não contamos que o View 20 faça muitas vendas ou receitas, apenas queremos mostrá-lo aos consumidores. O View 20 poderá não ser o produto primordial para o mercado português, porque sabemos que o preço mais aliciante ronda os 200 a 300 euros. O preço do View 20 poderá ser um pouco elevado, mas queremos que o consumidor tenha a possibilidade de experimentá-lo.