As startups portuguesas Hydrustent e NeuroPsyAI foram distinguidas na final do concurso de startups European Health Catapult, que foi levado a cabo pela EIT Health, em Lodz, Polónia, na passada quarta-feira. A NeuroPsyAI recebeu um prémio de 15 mil euros por ter garantido o segundo lugar na final da categoria Digital Health. A Hydrustent garantiu os 10 mil euros relativos ao terceiro lugar na categoria de MedTech do concurso de startups organizado pela rede de inovação EIT Health com fundos europeus.
A NeuroPsyAI desenvolve algoritmos que permitem detetar padrões de doenças neurológicas (Parkinson, Alzheimer, etc.) a partir de ressonâncias magnéticas. O roteiro de desenvolvimento da empresa também prevê a expansão da nova ferramenta para a análise de tomografias computorizadas, eletroencefalografias ou exames levados a cabo pela denominada medicina nuclear.
Os algoritmos criados pela NeuroPsyAI pretendem fazer a diferença com diagnósticos rápidos que permitem apoiar a análise dos especialistas com dados quantitativos e a deteção de padrões que indiciam doenças neurológicas. A nova ferramenta poderá revelar-se quatro a cinco vezes menos onerosa que os métodos de diagnósticos da atualidade. A NeuroPsyAI é uma startup criada por investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL). Na primavera já havia recebido um prémio da rede de aceleração de negócios EIT Health, e no ano passado foi uma das empresas distinguidas pelos prémios da PT Inovação e SME Instruments da Comissão Europeia. A empresa é liderada por Diana Prata, Hugo Ferreira e Maria Costeira.

Diana Prata e Hugo Ferreira, da NeuroPsyAI, ao centro segurando os galardões atribuídos durante o concurso de startups da EIT Health
A Hydrustent é uma empresa minhota que está a desenvolver uma nova geração de stents (endopróteses) que poderão ser usados nas uretras humanas. Além de evitarem infeções de origem bacteriológica, os stents desenvolvidos pela Hydrustent distinguem-se por serem biodegradáveis e poderem ser usados a título temporário, evitando assim segundas cirurgias para os casos em que é necessário proceder à remoção. Outro dos atrativos da startup nortenha é o custo: menos 60% do preço médio praticado nos stents da atualidade.
A Hydrustent está sedeada no Avepark (Parque Industrial da Gandra), entre Guimarães e Braga. A empresa tem como CEO Alexandre Barros, e como chairman Rui Reis, um dos mais reconhecidos especialistas na investigação de pele e ossos artificiais para humanos da atualidade.