Alex Jones publica várias teorias da conspiração desde 1999, como a que diz que os ataques do 11 de setembro foram coordenados pelo governo dos EUA. Além destas teorias, eram também publicados conteúdos de apologia à violência, discursos de ódio e outros de teor menos respeitável. Agora, quatro empresas tecnológicas decidiram banir completamente Jones e estes conteúdos das suas plataformas, embora ninguém tenha comentado se se tratou de uma iniciativa coordenada entre todas. Não há dúvida que o timing concertado fará as delícias de um defensor das teorias da conspiração.
O Facebook defendeu a retirada dos conteúdos alegando que as páginas de Alex Jones «glorificavam a violência, o que viola a nossa política de violência gráfica, e usa linguagem desumana para descrever pessoas transgénero, muçulmanos ou imigrantes, o que viola as nossas políticas contra discursos de ódio». As apps ainda estão disponíveis, no entanto, nas plataformas da Google e da Apple e o Twitter revela que as mensagens aí publicadas não violam as suas normas, noticia a Reuters.
Também o canal de Alex Jones no YouTube acabou de ser bloqueado, vendo-se apenas um anúncio de que a conta foi terminada por violar as políticas da comunidade. Um porta-voz confirmou que o canal violou as políticas repetidamente, o que conduziu ao encerramento da conta.
Por outro lado, a Apple apagou a maior parte dos podcasts do Infowars, defendendo que não tolera discurso de ódio. Os podcasts já não estão disponíveis para download ou para streaming e não podem ser procurados na plataforma. Apenas um programa, RealNews with David Knight, permanece online.
Por fim, o Spotify tomou a mesma direção das outras três tecnológicas aqui referidas e também removeu todos os programas de Jones e do Infowars.
Paul Joseph Watson, um editor do Infowars, denunciou no Twitter que a Infowars era vista como tendo tido um papel fundamental na eleição de Trump e que isto é um «movimento coordenado antes das eleições intercalares para ajudar os Democratas. Isto é censura política», escreveu Watson.