O concurso GovTech registou 140 candidaturas – mas só 113 foram aceites por terem protótipos funcionais em condições de disputar as votações do público que arrancaram esta segunda-feira. Entre os candidatos deste concurso que promove os objetivos que as Nações Unidas elencaram para o desenvolvimento sustentável figuram sete projetos de startups do Brasil e França.
As votações iniciaram-se esta segunda-feira suportadas na chave móvel digital e na tecnologia blockchain. Neste primeiro período, as votações servirão para escolher seis finalistas que vão disputar os três prémios de 30 mil euros num evento criado para o efeito, que tem como jurados Catarina Furtado (embaixadora das Nações Unidas e apresentadora), Ricardo Lima (Diretor de Startups da Web Summit), Vânia Gonçalves (investigadora) e João Borga (Startup Portugal), informa o Observador.
As votações estão abertas a todos os cidadãos que estejam dispostos a usar a chave móvel digital para escolher os projetos favoritos. A votação seguirá depois suportada pela tecnologia blockchain. Em declarações recolhidas pelo Observador, Graça Fonseca explica que a votação será feita com moedas virtuais que permitem escolher os diferentes projetos, numa lógica parecida com a dos investimentos feitos em plataformas de crowdfunding.
Graça Fonseca não esconde a expectativa quanto aos resultados produzidos pelo uso da tecnologia blockchain no concurso GovTech, e lembra que esta nova tendência não passou ao lado do radar de potenciais investimentos em Portugal: «Não temos mais nenhum projeto para fazermos com blockchain, mas queremos ver como é que isto corre. O blockchain está a entrar, e bem, com alguma parcimónia no setor público. Alguns destes projetos candidatos já estão a utilizar tecnologia blockchain, vamos testar, vamos ver como funciona, se as pessoas participam, se não colocam problemas no acesso à participação e depois avaliaremos».