A ZTE tem vindo a fechar portas nas últimas semanas por não conseguir suportar as sanções impostas pelo governo de Donald Trump. Os norte-americanos proibiram as empresas nacionais de vender componentes à ZTE, na sequência de suspeitas de que a fabricante chinesa estaria a vender segredos à Coreia do Norte e ao Irão.
A Reuters avança agora que há um acordo entre a ZTE e os EUA que irá permitir à marca voltar a operar. No entanto, segundo as condições deste acordo, a chinesa terá de pagar uma multa de mil milhões de dólares, dar uma garantia de 400 milhões que será ativada em caso de novas violações e ainda se compromete a mudar completamente a equipa de gestão e a direção. Outra cláusula importante prevê que a ZTE deve continuar a comprar os componentes a empresas norte-americanas.
O motivo que levou a novas sanções por parte dos EUA prende-se com a descoberta de que a ZTE tinha pago os bónus completos à equipa de gestão em 2016 e mentido sobre esse facto às autoridades norte-americanas. Antes disso, a empresa tinha concordado em pagar 890 milhões de dólares em multa e despedir todo o corpo de gestão.
A ZTE depende de empresas americanas, como por exemplo, a app Store do Android que é controlada pela Google ou os chips da Qualcomm, para o fabrico dos seus telemóveis.