A ACEPI, em parceria com a IDC, anunciou que, em 2017, a percentagem de portugueses a navegar na Internet foi de 73%. Este número revela um aumento face aos 48% registados em 2009 e deve ascender aos 91% até 2025. O volume de pessoas que optou por fazer compras online chegou aos 36% e foram comprados bens e serviços no valor de 4,6 mil milhões de euros. Em 2025, estima-se que os portugueses gastem 8,9 mil milhões de euros. Já o setor empresarial e o Estado fizeram negócios avaliados em 70 mil milhões e, em 2025, devem totalizar 132 mil milhões.
Das compras feitas por portugueses, 50% foram realizadas para fora de Portugal, o que indicia que existe espaço para as empresas nacionais aumentarem a sua presença na Net. Apenas 27% das empresas efetuaram negócios online e só 17% do seu volume de negócios provem de clientes no estrangeiro.
A ACEPI tem vindo a desenvolver várias iniciativas para endereçar esta oportunidade, como o Norte Digital que tem o intuito de contribuir para aumentar o nível de digitalização das empresa portuguesas, nomeadamente das PME da região norte através de um diagnóstico, criação de benchmarks e identificação dos principais mercados.
Para 2018, este estudo prevê que haja disrupções nos modelos negócios tradicionais, com novidadades trazidas pela tecnologia na forma como os consumidores comunicam entre si, efetuam as compras e interagem com as marcas e empresas. O perfil do cliente deve alterar-se, com um nível de exigência superior e com a experiência da compra a poder ser desencadeada em várias plataformas. Os novos modelos devem ser dominados pela capacidade dos retalhistas conseguirem oferecer experiências cada vez mais personalizadas, consistentes e coerentes em todos os canais.
Outros conceitos que devem dominar o comércio eletrónico passam pela cloud, pela big data e pelas redes sociais. Por outro lado, devemos assistir ao fortalecimento da Realidade Virtual, da Internet das Coisas e do Block Chain.