Os astrónomos apontaram os sistemas de rádio-telescópio ao gigantesco buraco negro do centro da Via Láctea, com uma massa quatro milhões de vezes superior à do Sol. O objetivo é captar imagens da linha do horizonte, o ponto sem retorno, para lá do qual nada, nem a luz, pode escapar, explica o Space.com.
O projeto EHT, de Event Horizon Telescope, visa ainda o registo e captação de dados que permitam pôr à prova várias teorias, por mais inusitadas que possam ser, sobre os buracos negros. Nesta iniciativa, os observatórios do Hawaii, Arizona, Califórnia, México, Chile, Espanha e Antártida vão estar ligados, de forma a construir um instrumento do tamanho da Terra, suficientemente poderoso para ver o Sgr A*, que fica a 26 mil anos luz da Terra. Os especialistas querem também tentar vislumbrar o buraco negro no centro da galáxia M87, que está a 53,5 milhões de anos luz da Terra e que tem uma massa seis mil milhões de vezes superior à do Sol.
As observações vão ajudar os cientistas a deteminar a massa, a rotação e outras características dos buracos com maior precisão e deslindar algumas teorias e mistérios que envolvem os buracos negros.
Os primeiros resultados devem ser conhecidos durante o próximo ano.