Agora, os fornecedores de acesso à Internet vão poder partilhar ou vender o histórico de navegação dos seus clientes com empresas que queiram fazer publicidade ou outras. Até aqui, os ISP iriam precisar de autorização do utilizador para o fazer, segundo uma lei aprovada em outubro de 2016 e que entraria em vigor em dezembro deste ano. O presidente da FCC, Ajit Pai, diz que os consumidores ficariam confusos se existissem diferentes regras para os ISP e para empresas online como a Google ou a Facebook. «Os consumidores não devem ter de ser advogados ou engenheiros para perceber se a sua informação está protegida», cita o ArsTechnica.
Os democratas e os defensores da privacidade dizem que ISP agora significa Information Sold for Profit, ou seja, informação vendida a troco de dinheiro. Com o fim da obrigatoriedade do consentimento, os ISP vão poder saber onde é que cada utilizador acorda de manhã, onde vai à escola ou trabalho, que hábitos alimentares tem e até ter acesso a dados de saúde ou financeiros sobre cada pessoa. Esta informação pode então ser vendida ou partilhada com quaisquer anunciantes, nos EUA.
Os fornecedores de acessos domésticos sabem que entretenimento é consumido em casa e os fornecedores móveis conseguem saber exatamente onde é que cada utilizador esá a cada momento.
Neste momento, com a aprovação da eliminação destas regras por parte do Senado, só o Congresso dos EUA ou Donald Trump podem inverter o cenário.