Apps populares como Signal, WhatsApp ou Telegram, telemóveis com iOS ou Android e até as smart TV puderam ser espiadas pela CIA, de acordo com os documentos revelados pela Wikileaks. A Reuters ouviu alguns especialistas que atestam que os ficheiros, criados entre 2013 e 2016, parecem legítimos. No entanto, há divergências entre que utilização é que a CIA pode ter dado a estas ferramentas, não parecendo haver indícios de que a agência tenha usado as técnicas para espionagem em massa, mostrando antes que é possível espiar qualquer aparelho ou app, independentemente do nível de proteção.
Por outro lado, Stuart McClure, da Cylance, diz que uma das revelações mais importantes é sobre a forma como a CIA oculta os seus vestígios, deixando para trás indícios de que teriam sido piratas russos, chineses ou iranianos a escutar as comunicações e não espiões norte-americanos.
Estes documentos mostram ainda que a agência de espionagem comprou secretamente software para explorar vulnerabilidades ou espiar os cidadãos, disse Edward Snowden. A Wikileaks explica ainda que não divulga todo o código fonte usado pela CIA para espiar, mas que publica apenas partes para alimentar a discussão sobre como estas “armas” devem ser analisadas, desarmadas e reveladas.
A CIA e a Casa Branca recusaram comentar a autenticidade ou os conteúdos dos documentos revelados pela Wikileaks.