A União Europeia está preocupada com a vulnerabilidade da indústria bancária a ciberataques e está a considerar avançar com uma espécie de testes de stress que coloquem à prova os sistemas de defesa dos bancos.
A informação é avançada pela Reuters, que dá conta que as autoridades pretendem um reforço das medidas de segurança para evitar que se repitam casos como o que ocorreu com o Banco Central do Bangladesh no ano passado, em que hackers conseguiram ganhar acesso à rede de transações internacionais SWIFT. Na altura, os cibercriminosos roubaram 81 milhões de dólares, mas o valor podia ter chegado aos mil milhões, como demos conta na altura.
O aumento do número de ataques a bancos e a evolução do nível de sofisticação são as principais dores de cabeça, já que os esquemas dos cibercriminosos já vão bem além da “tradicional” tentativa de obter os dados de acesso às contas dos clientes. Em dezembro, a Autoridade Bancária Europeia já tinha divulgado um relatório onde afirmava que os bancos estavam a ter dificuldades «em demonstrar a sua capacidade para lidar com a ameaça crescente de intrusos ganharem acesso não autorizado aos sistemas e dados críticos».
As entidades responsáveis pela UE querem igualmente uma maior troca de informação sobre ciberataques. O Banco Central Europeu anunciou no ano passado a criação de uma base de dados para registar este tipo de incidentes nos bancos comerciais da zona euro, mas acabou por não se verificar grande partilha de informação.