Milhares de clientes da Caixa Geral de Depósitos (CGD) terão sido alvo de um desfalque, cujos contornos ainda estão por apurar. Apesar das várias questões em aberto, os responsáveis pela Visa na Europa fizeram saber hoje que pretendem ressarcir as vítimas da mais recente vaga de burlas, que tem por alvo os detentores de cartões de crédito.
«A fraude representa menos de 0,05 euros por cada 100 euros gastos na Europa e é importante realçar que as vítimas inocentes de fraude com cartões estão protegidas e vão receber de volta o seu dinheiro», refere um comunicado da Visa Europe, citado pela Agência Lusa.
A CGD também garante que os clientes não serão afetados pelo desfalque, mas não refere quantos dos respetivos clientes foram burlados. Segundo o Diário de Notícias, o desfalque pode ter chegado a milhares de contas bancárias.
Em todas as transações fraudulentas, há um ponto em comum: os movimentos são executados a partir do Brasil. O que poderá contribuir para relacionar a burla agora noticiada com um “esquema” que tem sido levado a cabo por phishers e que tem início com um telefonema para as potenciais vítimas. Depois de alegarem que o cartão de crédito está comprometido e que alegados hackers encontraram forma de desviar dinheiro da conta bancária alheia, os burlões pedem à vítima que corte o cartão de crédito ao meio. Apesar desta operação, o cartão continua potencialmente operacional, uma vez que o chip, em princípio, poderá não ter sido danificado. Sendo que a burla só fica concluída quando a vítima aceita enviar o cartão inutilizado a um estafeta que se faz passar por um serviço bancário fidedigno. Entregue o cartão, o utilizador fornece todos os dados necessários para que os criminosos procedam a replicações dos dados que estão no chip.
Os responsáveis pelas instituições bancárias recomendam aos consumidores que acompanhem com regularidade as transações levadas a cabo com os diferentes cartões de crédito, a fim de detetarem potenciais fraudes.