“Zero Days” é o nome de um documentário exibido no Festival de Cinema de Berlim e que mostra que os Estados Unidos estavam a trabalhar num plano para lançar um ciberataque a infraestruturas iranianas. O plano tinha o nome de código Nitro Zeus e visava colocar em baixo a rede elétrica, os serviços de comunicação e as defesas antiaéreas do Irão, revela o The New York Times.
Este plano era uma espécie de recurso para o caso das negociações diplomáticas sobre o programa nuclear iraniano falharem e surgir um conflito militar. É que um dos principais alvos deste ciberataque era a Fordo, uma estação nuclear localizada numa montanha dos arredores de Qom. O objetivo era colocar um worm (programa malicioso) nos sistemas computacionais da Fordo, desativando as centrifugadoras das instalações usadas para enriquecer urânio.
De acordo com a Cnet, o ciberataque à Fordo seria uma espécie de sequela do “Jogos Olímpicos”, o nome de código dado ao ataque de 2010 em que Estados Unidos e Israel utilizaram o worm Stuxnet para parar a instalação nuclear iraniana de Natanz. Recorde-se que, em vez de roubar dados, o Stuxnet permitia desativar remotamente as centrifugadoras e, assim, atrasar o programa nuclear do Irão. Alegadamente, este worm foi colocado na instalação de Natanz por um agente duplo iraniano que trabalhava para Israel e que usou uma pen USB.