O princípio teórico foi formulado em 1965 e Moore esperava que essa Lei só fosse realidade até daí a dez anos. O co-fundador da Intel explica que está «admirado» por verificar que a Lei se mantém atual ainda nos nossos tempos. «Não fazia ideia de que se tornaria tão precisa durante tanto tempo», afirmou Moore, num evento que celebrou precisamente 50 anos sobre a criação desta teoria.
O desafio é, daqui a cinco ou dez anos, termos engenheiros com capacidades suficientes para manter a teoria real, disse Moore, citado pela Cnet. Outro desafio adicional prende-se com os custos elevados que implica o desenvolvimento e pesquisa para novos chips. Em 1966, uma fábrica de processadores custava 14 milhões de dólares, em 1995 1,5 mil milhões e atualmente pode chegar aos dez mil milhões de dólares. Os fabricantes estão dedicados a manter a Lei de Moore real, duplicando a capacidade de processamento e diminuindo o tamanho dos componentes, mas também estão à procura de alternativas.
Gordon Moore revelou ainda estar desapontado pela diminuição de investimento por parte do governo dos EUA na investigação científica e que não podia prever o boom das redes sociais ou de aplicações como o Google Earth que dão tanto ao consumidor, quase gratuitamente.