As redes Wi-Fi disponíveis para os passageiros são partilhadas com o sistema de navegação do avião. Esta proximidade aumenta as probabilidades de se conseguir piratear este sistema e fazer com que hackers tomem conta dos voos. Este foi o alerta do Accountability Office do governo dos EUA.
A possibilidade é meramente teórica, por agora. O atacante teria de passar a firewall que separa o Wi-Fi disponível aos passageiros da ligação de rede do avião, mas já se sabe que as firewalls são falíveis. Os especialistas de segurança ouvidos por este organismo explicam mesmo que a firewall, como qualquer software, não pode ser considerada completamente inexpugnável.
A sugestão do organismo é criar uma rede separada fisicamente, para que o hacker não consiga ter acesso aos sistemas do próprio avião. Da forma como a estrutura está desenhada, e porque o Wi-Fi permite uma ligação ao mundo exterior, é possível que malware possa ser redirecionado a partir de qualquer ponto para o interior do avião e qualquer pirata possa aceder e infetar os sistemas a bordo.
«Um vírus ou malware plantado em sites que os passageiros visitem pode oferecer a oportunidade para um atacante aceder à informação a bordo ligada ao endereço IP através da máquina infetada», lê-se no relatório, citado pela Wired.
Esta preocupação estende-se aos aviões, mas também a comboios e outros meios de transporte. A Federal Aviation Authority já tinha também divulgado um estudo com conclusões semelhantes, em 2008, na altura em que a Boeing estava a terminar a construção da linha Dreamliner, que oferece Wi-Fi a bordo.