No dia 6 de dezembro, começa a operar a plataforma que vai centralizar as compras efetuadas por todos os hospitais e centros de saúde do Serviço Nacional de Saúde. A centralização numa única plataforma de compras eletrónicas tira aos hospitais e centros de saúde a autonomia para a escolha de plataformas de contratação eletrónica e impõe regras uniformizadas nos diferentes procedimentos compras. A plataforma vai ser fornecida pela Vortal. O Ministério da Saúde conta poupar mais de 60 milhões de euros com a centralização das compras.
«Vamos poder saber quem comprou, o que comprou, quando comprou, por quanto foi comprado, e a quem foi comprado. E vamos poder fazer o encontro desses dados com a informação que nos diz quem vendeu, o que vendeu e por quanto vendeu. Pela primeira vez vamos poder aceder a todos estes dados a partir de uma única plataforma», explica Artur Mimoso, vogal da administração dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).
Os responsáveis da SPMS admitem que os profissionais dos diferentes hospitais e centros de saúde necessitem de alguma habituação à ferramenta e apenas no início de 2015 o funcionamento da nova plataforma entre em ritmo cruzeiro.
A plataforma vai reunir entre 400 e 600 co-contratantes que são responsáveis pelo fornecimento de 92% das aquisições efetuadas pelos hospitais e clínicas do estado. A SPMS informa ainda que mais de 60 unidades de saúde usarão esta plataforma. Prevê-se que a plataforma suporte mais de 500 procedimentos de aquisição por mês.
Artur Mimoso sublinha que, no cenário que dominou até à atualidade, em que cada hospital escolhia uma plataforma de contratação eletrónica, «não havia controlo de preços e não era possível garantir o controlo jurídico dos procedimentos. Quando um hospital queria encomendar um medicamento não era possível garantir que consultava todos os fornecedores registados nos acordos-quadros (do Estado)», acrescenta Artur Mimoso.
A plataforma da Vortal, que foi selecionada depois de um concurso, deverá ser disponibilizada com as devidas adaptações à área da saúde. Artur Mimoso recorda que a lista de fornecedores «está blindada». O que significa que não será possível eliminar ou adicionar empresas que podem vender produtos aos hospitais e centros de saúde.
O contrato com a Vortal está orçado em 70 mil euros e tem a duração de um ano.