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OLIVIER HOSLET
A Comissão Europeia apertou novamente o cerco à Google. Ontem Joaquin Almunia, Comissário Europeu para a Concorrência que se encontra em fim de mandato, fez um ultimato à Google durante a apresentação do relatório anual da concorrência perante o Comité do Parlamento Europeu que analisa as questões Económicas e Monetárias: ou a companhia respeita as exigências apresentadas pela Comissão Europeia, ou então terá de enfrentar um processo que poderá resultar na aplicação de uma multa.
Na intervenção de ontem, Almunia recorda que algumas das vinte empresas que se queixaram da Google na Comissão Europeia apresentaram provas e argumentos «contra vários aspetos das mais recentes propostas apresentadas pela Google».
«No início do mês, comuniquei com a companhia, com o objetivo de que procedessem a uma melhoria das suas propostas. Agora precisamos de ver se a Google pode ir ao encontro dessas questões e se dá resposta às nossas preocupações», frisou o comissário europeu.
Joaquin Almunia não pronunciou uma única palavra sobre a data em que será tomada uma decisão. No horizonte, perfilam-se duas opções: ou Almunia toma uma decisão nos tempos mais próximos, ou acaba por deixar o processo para o próximo elenco da Comissão Europeia (liderado por Jean Claude Juncker, tendo a dinamarquesa Margrethe Vestager na pasta da concorrência), que está em vias de assumir funções na plenitude.
Desde de 2010 que a Comissão Europeia está a investigar as práticas concorrenciais da Google.
De acordo com a BBC, em fevereiro a Google propôs a inclusão de um espaço na página do seu motor de busca, que tem hoje mais de 90% de quota de mercado na Europa, que encaminharia os internautas para motores de busca da concorrência.
A solução não terá agradado aos concorrentes que se queixaram da Google, que alegaram que a gigante das tecnologias poderia, inclusive, vir a lucrar com uma solução inicialmente pensada para facilitar a vida dos motores de busca concorrentes.