Tem 1,8 metros de comprimento, sonares mecânicos e pode submergir a um máximo de 100 metros de profundidade e alcançar velocidades máximas de nove nós (quase 17 Km/h). Não tem ainda um nome – mas é a estrela principal do projeto Support, que junta 21 parceiros de 14 países da UE em torno da criação de novos sistemas de segurança de áreas portuárias.
Nas últimas quatro semanas, o robô submergível do projeto Support tem vindo a ser testado no Porto de Lisboa. Por enquanto, trata-se apenas de um protótipo criado por um projeto de investigação que é financiado pela UE (em cerca de 50% da verba) – dentro de quatro anos poderá ser um produto com um preço máximo de 30 mil euros.
O submarino robótico do projeto Support deverá ter autonomia para fazer rondas e patrulhas e deslocar-se a pontos onde detetou uma potencial ameaça. Também se prevê um modo de controlo manual (atualmente é possível controlar o robô através de um comando de PlayStation).
Atualmente está equipado com um sonar mecânico que permite detetar um humano a 100 metros de distância. Numa conferência realizada esta tarde, os responsáveis do Support admitem poder vir a instalar diferentes sensores no submergível, a fim de garantir uma adaptação do veículo robótico às necessidades de cada área portuária. Na configuração atual, dispõe de baterias que asseguram energia para oito horas de operações debaixo de água.
Depois de Lisboa, o robô do Support deverá rumar ao Porto do Pireu, na Grécia. O projeto prevê ainda testes em Gotemburgo, Suécia.
Os mentores do projeto acreditam que três ou quatro destes submergíveis sejam suficientes para monitorizar a área de atracagem de cruzeiros de Lisboa, mas logo recordam que o porto alfacinha dispõe de equipamentos dispersos por uma faixa de 11 quilómetros… e se fosse necessário monitorizar toda esta área seriam necessários muitos mais destes submergíveis.
O mesmo projeto contempla ainda o desenvolvimento de tecnologias e sensores de segurança para o perímetro terrestres portuário.
Além da intrusão, de atividades terroristas, contrabando ou assaltos, o projeto Support contempla ainda vertentes relacionadas com a gestão de cargas e logística e ainda análise da qualidade da água.