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Depois de várias edições circunscritas a funcionários, eis que a NOS decidiu abrir à comunidade universitária o concurso de desenvolvimento de projetos de TV DevDays 2014. O concurso, que foi realizado em parceria com a Microsoft, contou com um total de 30 propostas. Na passada sexta-feira, foram distinguidos cinco projetos – e a jovem vencedora vai ter a possibilidade de implementar a solução idealizada durante um estágio de seis meses na NOS.
Filipa Peleja, estudante da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, ganhou os três mil euros do primeiro prémio do Desafio Televisão do Futuro, com o desenvolvimento de um «sistema de chat social-TV”, que se distingue pela inclusão de ferramentas de interação multi-ecrã e de medição das reações dos telespetadores e a popularidade de programas.
Depois de garantir a preferência do júri através de um projeto que dispunha já de várias demonstrações de viabilidade técnica, Filipa Peleja terá a possibilidade de testar o projeto no serviço Íris, da NOS.
A NOS, marca resultante da fusão da Optimus e Zon, admite que parte do futuro das plataformas de TV pode passar por contributos “fora da caixa” e tambén… de fora da empresa: «Esta foi a primeira vez que apresentámos este desafio junto das universidades. Temos a expectativa de ter mais ideias de qualidade e, por isso, deixamos já o repto para os jovens universitários que queiram participar na edição do próximo ano», refere Pedro Bandeira, diretor de desenvolvimento de produto da NOS.
Além do projeto vencedor, também o segundo classificado poderá vir a implementar o seu projeto na plataforma Íris. Tiago Dias, estudante do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, garantiu o segundo lugar com uma plataforma de recomendações que tem em conta os hábitos dos utilizadores e que pode funcionar sob o formato de grelhas de programação.
Pedro Bandeira recorda que a abertura à comunidade já faz parte das origens genéticas da Íris. E antecipa um futuro em que a plataforma de TV iniciada pela operadora que outrora se denominava Zon poderá converter-se num ecossistema capaz de integrar as mais recentes tendências da TV. A adoção do modelo de cloud computing libertou a plataforma da “ditadura da box” e respetivas limitações do hardware: «Cada box é como um browser, que permite aceder aos diferentes conteúdos que disponibilizamos. A Íris tem apenas quatro anos, mas pode ser usada em arquiteturas de hardware com mais de oito anos. Quase todo o processamento é feito na cloud. Cada vez que uma pessoa prime uma tecla do comando são geradas várias interações com os nossos servidores. É algo que nem sempre é percetível… mas por dia há 110 milhões de interações deste género que são geradas nos nossos servidores».
Na lista dos cinco projetos distinguidos pelo DevDays 2014 encontra-se ainda uma ferramenta de personalização de conteúdos (IP-TV, 3º lugar); 4 – um projeto que visa a recolha de reações junto dos utilizadores (A BOX que nos une, 4º lugar); e uma ferramenta que permite aplicar funcionalidades típicas de redes sociais em “ambiente de TV” (NOS Social, 5º lugar).